segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Racionalismo e Empirismo

  O problema do conhecimento ocupou muitos filósofos na história da filosofia. 
A classificação em correntes de pensamento realizada pelos pensadores modernos coloca no centro duas tendências: a racionalista e a empirista.


Racionalismo: a confiança na razão

A palavra racionalismo deriva do latim ratio, que significa “razão” . O termo é empregado de muitas maneiras. Aqui, racionalismo está sendo empregado para designar a doutrina que atribui exclusiva confiança na razão humana como instrumento capaz de conhecer a verdade. Ou, como recomendou o filósofo racionalista Descartes (1596-1650): 
“nunca nos devemos deixar persuadir senão 
pela evidencia de nossa razão”.


Os racionalistas afirmam que a experiência sensorial é uma fonte permanente de erros e confusões sobre a complexa realidade do mundo. Somente a razão humana, trabalhando com os princípios lógicos, podem atingir o conhecimento verdadeiro, capaz de ser universalmente aceito. Para o racionalismo, os princípios lógicos fundamentais seriam inatos, isto é, eles já estão na mente do homem desde o seu nascimento. Daí por que a razão deve ser considerada como a fonte básica do conhecimento.


Filosofia - Racionalismo

Filosofia - Empirismo


Empirismo: a valorização dos sentidos

A palavra empirismo tem sua origem no grego empiria, que significa “experiência sensorial”.
O empirismo defende que todas as nossas ideias são provenientes de nossas percepções sensoriais (visão, audição, tato, paladar, olfato). Como disse o filosofo empirista inglês John Locke (1632-1704) : 
“nada vem à mente sem ter passado pelos sentidos”.

Locke afirma também que, ao nascermos, nossa mente é como um papel em branco, desprovida de ideias. De onde provém, então, o vasto conjunto de ideias que existe na mente humana? A isso, Locke responde com uma só palavra: da experiência. 

E a experiência, segundo Locke, supre nosso conhecimento por meio de duas operações: sensação e reflexão. A sensação leva para a mente as varias e distintas percepções das coisas, sendo, por isso, bastante dependente dos sentidos. Já a reflexão consiste nas operações internas de nossa própria mente que, nesse caso, desenvolve as ideias primeiras fornecidas pelos sentidos. Assim, conclui Locke:

“Afirmo que estas duas, a saber, as coisas materiais externas, como objeto da sensação, e as operações de nossas próprias mentes, como objeto da reflexão, são, a meu ver, os únicos dados originais dos quais as ideias derivam”.

LOCKE, John. Ensaio acerca do entendimento humano, p.160.


   Essas correntes representam visões opostas 
na maneira de explicar como o homem adquire conhecimentos.
         
Após, ver o clip da música “As coisas” Gilberto Gil e Arnaldo Antunes.

Letra da música:
As Coisas
as coisas tem peso, massa, volume
tamanho, tempo, forma, cor
posição, textura, duração
densidade, cheiro, valor
consistência, profundidade
contorno, temperatura, função
aparência, preço, destino e idade
sentido
as coisas não tem paz
as coisas não tem paz
as coisas não tem paz
as coisas não tem paz
Letra da música disponível em: http://www.vagalume.com.br/arnaldo-antunes/as-coisas.html. Acesso abril 2013



Fazer um quadro classificatório no quadro com ajuda dos alunos separando as qualidades sensíveis das atribuições racionais expostas na música


Roteiro
• Quais os autores apresentados no vídeo e que teorias defendem?
• Quais os principais argumentos de Hume?
• Como Hume refuta Descartes? 

*Para os racionalistas o conhecimento se dá pela matemática e pela lógica, onde verdades necessárias são obtidas por intuição e inferência racionais.

 *Para os empiristas é a ciência natural, onde observações e experimentos são cruciais para a investigação.





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Atividade avaliativa




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