quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

Ética e Moral



Ética x Moral: 

Como diferenciar?? ||

Conceitos, definições ||
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Atividade no caderno:



Complete no computador e mostre para a professora

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terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

Você é dono do seu destino?


Vamos ao vídeo:

https://www.youtube.com/watch?v=BFmH0LycNdI


Pensar e conhecer

Pedimos somente um pouco de ordem para nos proteger do caos. Nada é mais doloroso, mais angustiante do que um pensamento que escapa a si mesmo, ideias que fogem, que desaparecem apenas esboçadas, já corroídas pelo esquecimento ou precipitadas em outras, que também não dominamos. [...] Perdemos sem cessar nossas ideias. É por isso que queremos tanto agarrar-nos a opiniões prontas. (Gilles Deleuze e Félix Guattari)

A citação acima se refere ao esforço constante que nos anima a conhecer. Diante do caos que não significa vazio, mas desordem; procuramos estabelecer diferenças, semelhanças, contiguidades, sucessão no tempo, causalidades. Desejamos “pôr ordem no caos”, porque só assim poderemos nos situar no mundo e sermos capazes de agir sobre ele.
É isso, portanto, o conhecimento; esse esforço psicológico pelo qual procuramos nos apropriar intelectualmente dos objetos. Quando falamos em conhecimento, podemos nos referir ao ato de conhecer ou ao produto do conhecimento: o primeiro diz respeito à relação que se estabelece entre a consciência que conhece e o objeto a ser conhecido, enquanto o segundo é o que resulta do ato de conhecer, ou seja, o conjunto de saberes acumulados e recebidos pela tradição.
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A capacidade de pensar

O ser humano é o único animal do planeta capaz de pensar sobre o mundo que o cerca. E é claro que isso não é pouco!
Você já pensou na importância de poder pensar? Foi a capacidade de pensar, interligada a outros atributos específicos da nossa espécie, que nos possibilitou sermos o que hoje somos! Em outras palavras: a evolução da espécie humana está totalmente ligada à sua capacidade de pensar, pois foi assim que o homem criou mecanismos de sobrevivência e adaptação ao meio no qual ele vivia, conseguindo fazer uma coisa que nenhum outro animal foi capaz de fazer: interferir sobre a natureza e adequá-la às suas necessidades. Perceba a importância do pensamento!
A atividade de pensar, ou seja, a capacidade de refletir sobre as coisas que nos cercam, é aquilo que chamamos de razão. Quem nunca ouviu a expressão: “o homem é um animal racional”? E é aqui que entra a filosofia. Refletir sobre o sentido da vida, os seus valores e como viver de forma feliz e correta, entre outras coisas, é o ofício da filosofia. Veja que “filosofar” e “pensar” são duas atividades inseparáveis. Entretanto, a prática filosófica busca conhecer e compreender o mundo que nos cerca; isso implica um pensamento organizado e voltado para o conhecimento. Portanto, nem sempre quando pensamos sobre alguma coisa estamos necessariamente filosofando. Não é tão simples assim. Para filosofar, é preciso ter interesse em conhecer.
 Aliás, conhecer sempre foi mais uma necessidade do que um desafio para o homem. 

Desde o início das primeiras civilizações humanas, somos obrigados a superar o desconhecimento por meio de uma série de maneiras, como a observação, por exemplo. Ao observar os pássaros bicando frutos, o homem descobria alimento sem correr o risco de morrer envenenado. Sendo assim, podemos definir o ato de conhecer como relação que se estabelece entre o sujeito que conhece e o objeto a ser conhecido, como também o resultado desse ato.

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 As formas de conhecimento

Mas será que o conhecimento obtido pela prática filosófica é a única forma de se conhecer as coisas? A resposta é não. Existem outras maneiras de se conhecer o mundo que nos cerca.
Vejamos algumas delas, além da filosófica.

O conhecimento mitológico: foi a primeira tentativa de explicação do mundo feita pelo homem, ainda que de uma maneira fantasiosa. Os mitos são carregados de imaginação e crença, o que nos leva a concluir que não passam por uma sistematização do conhecimento. A questão da crença, inclusive, aproxima o mito da religião. O mito é uma representação coletiva, transmitida através de várias gerações e que relata uma explicação do mundo. Trata-se de uma maneira de a sociedade explicar os fenômenos que a cercam, assim como uma tentativa de explicar a si próprio. A filosofia surgiu na Grécia como um esforço de superar o conhecimento mítico.

Mito: relato fabuloso, de caráter religioso, que diz respeito a seres que personificam agentes naturais. O mito tende a fornecer uma resposta e uma explicação satisfatórias. Possui igualmente uma função que assegura a coesão social. (RUSS, J. Dicionário de filosofia. São Paulo: Scipione. 1994, p. 187.)

O conhecimento filosófico: trata-se de um tipo de conhecimento essencialmente teórico adquirido por quem o pratica por meio de uma exaustiva reflexão crítica acerca da realidade, da ação humana e dos seus valores. O filósofo não se contenta em “contar uma história” sobre as origens do mundo e do ser humano; ao contrário, busca entender e explicar racionalmente essas origens, através da sistematização do pensamento. Este raciocínio está ligado a um encadeamento lógico que visa a não cair em contradições. É a razão tentando buscar a realidade e a verdade das coisas.

O conhecimento científico: desenvolvido a partir do conhecimento filosófico, é uma forma de conhecimento elaborado através de métodos rigorosos de investigação, entre eles a utilização da experiência, que busca obter leis de explicação racional e de validade universal para os fenômenos analisados. Antes de tudo, a ciência desconfia da veracidade de nossas certezas, de nossa adesão imediata às coisas, da ausência de crítica e da falta de curiosidade. Por isso, ali onde vemos coisas, fatos e acontecimentos, a atitude científica vê problema obstáculos, aparências que precisam ser explicadas e, em certos casos, afastadas. (CHAUI, M. Filosofia. São Paulo: Ática, 2003, p. 111.)

O conhecimento pelo senso comum: trata-se de um conhecimento espontâneo resultante das experiências vivenciadas pelos seres humanos no cotidiano da sua existência, isto é, no seu dia a dia. Trata-se de um conjunto de ideias que nos permite interpretar a realidade, bem como de um corpo de valores que nos ajuda a avaliar, julgar e, portanto, agir. O senso comum, porém, não é refletido e se encontra misturado a crenças e preconceitos. É um conhecimento ingênuo (não-crítico), fragmentário (porque difuso, assistemático e muitas vezes sujeito a incoerências) e conservador (resistente às mudanças). Por não ser um conhecimento adquirido de maneira mais sistematizada, um dos grandes problemas que podem ser gerados pelo senso comum é o preconceito em geral.
Com isso não queremos desmerecer a forma de pensar do indivíduo comum, mas apenas enfatizar que o primeiro nível de conhecimento precisa ser superado em direção a uma abordagem crítica e coerente, características que não precisam se restringir necessariamente às formas mais requintadas de conhecer, tais como a ciência ou a filosofia. Em outras palavras, o senso comum precisa ser transformado em bom senso, entendido como elaboração coerente do saber e como explicitação das intenções conscientes dos indivíduos livres. Segundo o filósofo Gramsci, o bom senso é "o núcleo sadio do senso comum". Qualquer pessoa, estimulada no exercício de compreensão e crítica, torna-se capaz de juízos sábios, porque vitais, isto é, orientados para sua humanização. 
 Senso comum: compreensão de mundo que é fruto de crenças e tradições, das quais nos aproximamos por meio dos sentidos, da memória, dos hábitos, dos desejos, da imaginação, da razão. Pelo senso comum, fazemos julgamentos, estabelecemos projetos de vida, adquirimos convicções e confiança para agir.” (ARANHA, M. L. A., MARTINS, M. H. P. Temas de filosofia. 3. ed. São Paulo: Moderna, 2005, p. 144.)

O conhecimento pela arte: toda obra de arte expressa uma visão de mundo, pois representa a maneira pela qual seu autor percebe a realidade que o cerca, entre outras coisas. Portanto, quando nos deparamos com uma obra de arte e buscamos interpretá-la, estamos adquirindo um tipo de conhecimento que tem relação com nosso interior, ou seja, com nossa subjetividade. Contudo, esse tipo de conhecimento é tão complexo quanto o filosófico e o científico, pois requer sensibilidade e proximidade com a história da arte.



Atividade












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